Reprodução |
![]() |
Leia mais:
O governo brasileiro poderia desligar nossa internet, como aconteceu na Líbia?
Um governo só tem capacidade de "derrubar" a internet em toda a nação se ele tiver um controle sobre os ISPs (Internet Service Providers) - ou, em português, um controle sobre os próprios provedores de internet. Estamos falando de cada uma das empresas espalhadas por todo o Brasil, que fornecem a internet para você. Alguns países têm um controle muito forte desses ISPs (é o caso da Líbia, Irã e Egito, só para citar alguns problemas recentes). Na China, por exemplo, o controle sobre os ISPs é tão forte e frequente que o governo é capaz de proibir o acesso a certos sites - como o Google, por exemplo - sempre que julgar necessário.
Quando um Governo pede aos provedores para desabilitar algum serviço, é necessário lançar mão de alguns recursos específicos. É possível desligar alguns equipamentos (literalmente, "tirar o plug") e, dessa forma, minar recursos necessários para que aquele serviço seja oferecido. Outra forma é modificar o roteamento - ou o caminho - de alguns sites. Isso promoveria um "assassinato digital", ou seja: aqueles endereços específicos, condenados pelo Governo, não poderiam mais ser acessados, enquanto outros seguiriam seu caminho normal pela rede e visualizados normalmente. Fazendo uma analogia, é como se a internet funcionasse como o serviço dos Correios, e o governo simplesmente demitisse o carteiro que entrega as correspondências naquele lugar.
No caso da Líbia, uma única empresa controlada pelo governo - Libya Telecom & Technology - é responsável pelo acesso de toda a nação à internet. Seu presidente era um dos filhos de Gaddafi, então, foi fácil "desligar" o provedor e, consequentemente, a web daquele local. Não só a internet, mas também o serviço de telefonia móvel da Líbia é controlado pelo governo. Se quisessem agir também na telefonia, o estrago poderia ser ainda maior. É que as operadoras de telefonia também têm acesso à internet e esta é uma porta aberta para o mundo exterior. Empresas multinacionais podem utilizar intranets, que também podem ter acesso direto a outros países. Estas são algumas formas de burlar a proibição de um governo tirano. Com o mundo cada vez mais conectado e com uma rede cada vez mais entrelaçada, essa tarefa de silenciar uma nação está cada vez mais difícil de ser executada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário